Sementes de Milho-Pipoca,
Zea Mays variedade Americano. Se difere do milho comum por possuir grãos pequenos;
O milho-pipoca, que é da mesma família do milho comum, mas se diferencia por possuir grãos pequenos que estouram quando aquecidos em torno de 180 °C.
O milho pertence à família poaceae. A planta, com uma inflorescência masculina e outra feminina, forma espigas contendo grãos. Entre as plantas originárias das Américas, é a de maior importância comercial na atualidade. O México, a América Central e o sudoeste dos Estados Unidos são os prováveis locais de sua origem. Uma das culturas mais antigas do mundo, o milho era a base da alimentação dos povos americanos. Há indícios de que o cultivo já ocorria há pelo menos cinco mil anos. Levado para a Europa pelos colonizadores, o milho foi cultivado inicialmente em jardins como planta ornamental, até sua utilização na alimentação ser descoberta.O maior produtor mundial são os Estados Unidos. A seguir, vêm a China e o Brasil. Entre os estados brasileiros, o Paraná fica em primeiro lugar, com mais de 25% do total. No Brasil, o milho é muito cultivado pela agricultura familiar.
CultivoO Milho-Pipoca ode ser semeado de setembro até abril no norte, nordeste, centro oeste, RJ, ES, MG e SP; Já no RS e SC e PR o cultivo pode ser realizado de agosto a janeiro.
Não tolera geadas, deve ser cultivado em sol pleno.
O ciclo é de 120 dias.
Cultivo segundo
IAC - Centro de Plantas Graníferas:A época de plantio é um fator de produção muito importante para a cultura do milho pipoca e depende da cultivar utilizada.
Para as cultivares muito suscetíveis a doenças e pragas e podridão de grãos, o plantio deve ser limitado a épocas que propiciem menor incidência de doenças e de chuvas no período de pós-maturação. Nas regiões de inverno mais quente do Brasil, o plantio antecipado em maio-junho com colheita em setembro-outubro, tem proporcionado alta produtividade e excelente qualidade da pipoca, mas com alto custo de produção devido à necessidade de irrigação e ao controle químico de pragas e doenças. Nas regiões de inverno mais frio, que não permitem o plantio antecipado, é indicado o plantio cedo em agosto-setembro, sob irrigação, que propicia uma boa produtividade mas com risco de perda de qualidade da pipoca, dependendo da ocorrência de excesso de chuvas no período de pós-maturação até a
colheita.
Para cultivares com maior resistência a doenças e pragas e podridão de grãos, o
plantio pode ser efetuado em outubro/novembro em condições de sequeiro, com a colheita ocorrendo em fevereiro/março.
Devem ser utilizados espaçamentos que propiciem maior produtividade aliada a uma boa qualidade dos grãos. Baixa densidade de plantas e excesso de nitrogênio favorecem o perfilhamento das plantas, que é uma característica presente na maioria das cultivares de milho pipoca. O aumento da população de plantas favorece o acamamento e o quebramento das plantas, devido ao aumento da altura das plantas e redução do diâmetro do colmo.
A população de plantas depende da cultivar e da época de plantio. Para os plantios de sequeiro, a população de plantas deve ser em torno de 50 a 55 mil plantas/hectare.
Isso é obtido com espaçamentos de 80 a 90cm entre linhas, com densidade de 4 a 5 plantas por metro linear. Espaçamentos menores que 80 cm podem ser usados desde que seja mantida a população de plantas recomendada e que o produtor tenha plataforma da colhedeira adequada para espa çamentos menores . Para plantio antecipado e cedo pode ser utilizada maior população de plantas, diminuindo-se o espaçamento entre linhas.
A quantidade de sementes necessária para se obter uma densidade adequada de plantas depende do tamanho da semente utilizada. Por exemplo, com referência ao híbrido IAC 112, a necessidade de sementes é de 7, 8, 9 e 10 kg/ha para os tamanhos de peneira 13, 14, 15 e 16 respectivamente. O milho pipoca apresenta sementes miúdas e para obtenção da população de plantas desejada com um espaçamento uniforme entre plantas, é recomendado o uso de semeadoras pneumáticas. Para plantadoras com distribuição das sementes por discos a distribuição é mais desuniforme, sendo importante a utilização do disco adequado a cada tamanho de semente.Independente do tipo de semeadora consegue-se maior uniformidade na distribuição das sementes em baixa velocidade de plantio.
Adubação:
Além de afetar a produtividade, uma adubação correta contribui para uma boa qualidade dos grãos. Ela deve ser bem equilibrada em macro e micro nutrientes, levando-se em conta que os híbridos de milho pipoca, em áreas irrigadas e em épocas favoráveis, podem produzir 4 a 6 t/ha de grãos. Além disso, a planta é menos rústica que o milho comum, apresentando um sistema radicular menos desenvolvido, sendo também mais suscetível ao ataque de nematóides e da larva de diabrótica. Para variedades ou híbridos em plantio de sequeiro, a meta de produtividade deve ser menor, atingindo de 2 a 4 t/ha, dependendo da cultivar, época de plantio e fertilidade do solo.
No planejamento da adubação, o primeiro passo é a amostragem de solo para análise química e correção da acidez, se houver necessidade. De acordo com o Boletim 100 do IAC, temos as seguintes indicações para correção do solo e adubação de híbridos para a meta de 4 a 6 t/ha.
- Calagem: deve ser feita com base na análise química do solo, aplicando-se calcário antes da safra de verão, para elevar a saturação por bases a 70% e o Mg a um mínimo de 5 mmol
c/dm3. Em solos com mais de 50 g dm-3
de matéria orgânica, basta elevar a saturação por bases a 50%.
- Adubação de plantio: aplicar de 20 a 30 kg/ha de nitrogênio. Com base nos teores muito baixo, baixo, médio e alto de fósforo e potássio, recomendam-se, respectivamente : 80, 60, 40 e 30 kg/ha de P2O5, e 50, 50, 40 e 20 kg/ha de K20. Para cultivares do tipo variedade, deve-se escolher uma formulação que atenda uma aplicação de 20 kg/ha de S ou uso de sulfato de amônio em cobertura. Em solos deficientes em zinco e boro, recomendam-se 2 a 4 kg/ha de zinco e 0,5 a 1,0 kg/ha de boro.
- Adubação de cobertura: para os solos de alta, média e baixa resposta ao nitrogênio, aplicar respectivamente 100, 70 e 40 kg/ha de N e, para solos com teor muito baixo de potássio, aplicar em cobertura
40 kg/ha de K2O, trinta dias após a germinação. Doses iguais ou maiores que 60
kg/ha de N devem ser parceladas em duas
vezes, principalmente em solos arenosos,
aplicando-se a primeira no estádio de duas
a três folhas completamente estendidas, e
a segunda, na fase de 6-7 folhas. Sugere-se o uso de sulfato de amônio na primeira aplicação e uréia na segunda cobertura.
Imagens de Cultivo: Isla